Alguns tratamentos quimioterápicos contra o câncer provocam como efeito colateral a indesejável alopecia, que gera um impacto enorme na auto estima dos doentes. A boa notícia é que essa queda dos cabelos é transitória e reversível, ou seja, eles tornam a crescer 2-3 meses após o término da quimio. Contudo, a espera da repilação causa muita angústia e vergonha, principalmente nas mulheres, o que amplifica a repercussão psicológica da doença e do tratamento. Alguns centros de oncologia já disponibilizam uma terapia preventiva da alopecia a base de resfriamento do couro cabeludo (Scalp Cooler) durante os ciclos de quimioterapia, com excelentes resultados na preservação dos cabelos! Se você não tem esse recurso a disposição e quer minimizar o trauma emocional da alopecia pós quimioterapia, vale lançar mão de algumas medidas: 🔹Corte os cabelos! Pode ser aos poucos para uma adaptação gradual. Isso diminui a sensação da queda. “O que os olhos não veem, o coração não sente.”; 🔹Não utilize químicas (alisamento, tintura) e evite traumas mecânicos e calor (secadores e chapinhas) nos fios remanescentes que ainda não caíram. Isso pode agravar ainda mais a queda; 🔹Mantenha um cuidado especial com o couro cabeludo: utilize xampus suaves para pele sensível, aplique protetor solar diariamente, abuse de adereços como lenços, turbantes e chapéus. Existem opções excelentes já com fotoproteção UV 50+; 🔹Se preferir, use peruca. Ela trará mais confiança, bem estar e auto estima no transcorrer da quimioterapia. Compre uma prótese confortável e que se adapte bem ao seu couro cabeludo. Lembre-se: os cabelos voltarão a crescer! Mas pode acontecer deles crescerem diferentes de como eram, mais fino se antes era grosso, encaracolado se antes era liso, de cor mais clara se era escuro e vice-versa. Se você está passando pelo delicado momento de uma quimioterapia, procure um dermatologista para iniciar precocemente tratamentos voltados ao estímulo de uma recuperação mais rápida dos fios.